segunda-feira, 2 de maio de 2011

O curta metragem "Comquém" faz exibição teste em um terreiro de candomblé




            No ultimo sábado, dia 30 de Abril aconteceu o seminário - Juventude de terreiros: herdeiros de axé,  no Ile ase ala koro wo, localizado na travessa do Muguengue n.42, Venda Velha São João de Meriti, liderado por mãe Torody de Ogun. A mandinga participou exibindo o seu curta metragem “Conquém”, e o Diretor do filme, Rafael Eiras participo da Mesa: Religiões Afro Brasileiras, Cultura digital e Juventude. Junto com nomes de peso da cultura Afro Brasileira como o Prof. Dr. José Flávio Pessoa de Barros (UERJ), Márcio de Jagum (Programa Ori),   João Valença (Teólogo/psicologo/Mestre em educação), Greice Milhar (Assistente Social/ Umbandista), Mãe Torody de Ogun.
A plateia e duas vriancas assistindo ao filme, elas são o futuro do Axé
       Na verdade foi uma exibição teste por que o filme ainda não está 100 por cento finalizado. A copia exibida no dia estava com o som editado e a cor corrigida, mas não tinha as cartelas dos créditos. Mesmo assim o filme pode ser mostrado em primeira mão para uma comunidade de Terreiro e diversos seguidores da religiosidade Afro brasileira. 

MãeTorody de Ogun assistindo ao filme.
     Afinal como falou Rafael Eiras: “ Não poderia deixar de fazer o filme nascer em um terreiro, visto por uma comunidade de Axé. Por isso exibi assim mesmo, não só para testar o filme, mas também para homenagear os Orixás que me ajudaram muito na produção do filme.
o filme sendo projetado no barracão.
          
   Foi uma tarde maravilhosa. O seminário organizado pela CIA. de Aruanda liderado pela simpática figura do produtor cultural Dário Firmino teve o objetivo de ser um encontro que visa a articulação entre os diversos terreiros do Estado do Rio de Janeiro e demais grupos com temáticas principalmente ligadas a difusão e valorização das diversas culturas tradicionais afro brasileiras e sua ligação com as futuras gerações, herdeiros diretos dessas tradições. E com certeza foi um tremendo sucesso. Alem das oficinas de samba de Roda com o Grupo Reconca-Rio, Oficina de Dança Afro primitiva com Companhia de Aruanda. Ocorreu no final do debate a presentação do Coral Yun Asé Orin e crianças do ilê asé ala koro wo, que premiou o dia com sua musica ancestral.

            A exibição foi feita no barracão do terreiro, onde acontecem as festas de santo. Não havia um lugar com mais axé para o filme ser exibido.
Com certeza os Orixás devem estar impulsionando o sucesso do filme que foi aplaudido por todos, e comentado com entusiasmo por alguns dos membros da comunidade.
aplausos depois do filme

Agora o filme parece ter nascido, como o Ião( representado pela Conquém) que renasce simbolicamente depois de alguns dias recluso na casa de santo, passando por diversos rituais, e se apresenta para a comunidade em uma festa no barracão dançando as musicas sagradas e dizendo alto o seu nome para que todos possam escutar e o reconhecer. Num processo quase metalinguístico o filme também passou um tempo recluso, dentro da ilha de edição passando por diversos processos de montagem, se formando. E neste dia de sábado ele saiu e se mostrou para a comunidade, dentro de um barracão de candomblé, regado a musica e felicidade. O filme pode falar bem auto o seu nome para a comunidade: “ “Comquém”  zuniu o nome do filme na mente, nos olhos e nos ouvidos de todos presente.
o Prof. Dr. José Flávio Pessoa de Barros, Márcio de Jagum,   João Valença assistindo ao filme

            Agora o filme já nascido vai começar a se apresentar por ai. Que todos possam escutar seu nome em todos os cantos do Brasil e do mundo.
Sérgio Medeiros numa cena do filme

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